Antes de dissertar sobre este post, começo citando um poema do nosso saudoso escritor recifense Manuel Bandeira, que tem por título, O Bicho.
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.
Este poema, embora escrito em dezembro de 1947, ainda retrata a atual situação da sociedade brasileira. Quem nunca se deparou com essa situação? Todos os dias pessoas se misturam em meio a lixos na tentativa de acharem algo para comer e sobreviver nesta sociedade. O bicho homem já se tornou tão habitual em nossas vidas, que muitas pessoas nem se espantam mais com este fatídico e lamentável fato.

O Bicho Homem deve ser mais valorizado, pois nem bicho que é bicho come lixo.
Abraços.
É isso aí, Dalton.
ResponderExcluirNão podemos aceitar a realidade brasileira sem ao menos criticá-la e propor melhorias.
Vc me fez relembrar a minha infância com este poema de Manuel Bandeiras, quando eu estava na oitava série e a professora de português nos apresentou este poema... Bons tempos aqueles!!!
Um forte abraço, Dalton.
Valeu...
Ass.: Victor Souza