segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Bicho Homem

Antes de dissertar sobre este post, começo citando um poema do nosso saudoso escritor recifense Manuel Bandeira, que tem por título, O Bicho.
“Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem”.

Este poema, embora escrito em dezembro de 1947, ainda retrata a atual situação da sociedade brasileira. Quem nunca se deparou com essa situação? Todos os dias pessoas se misturam em meio a lixos na tentativa de acharem algo para comer e sobreviver nesta sociedade. O bicho homem já se tornou tão habitual em nossas vidas, que muitas pessoas nem se espantam mais com este fatídico e lamentável fato. 
Será que o Brasil não tem verba suficiente para sanar esta situação? Por que ao invés de aumentar o salário dos deputados e presidente em mais de 90% não investem em saúde, restaurantes com alimentação barata...mas não!! As pessoas se iludem com estes tais programas - bolsa família, bolsa alimentação, bolsa...bolsa...- e mal sabem elas que o estado está financiando a pobreza delas. Quem, em sã consciência, faz compra mensal de R$30,00 com essas bolsas. Apenas ilusão!
O Bicho Homem deve ser mais valorizado, pois nem bicho que é bicho come lixo.

Abraços.

Um comentário:

  1. É isso aí, Dalton.

    Não podemos aceitar a realidade brasileira sem ao menos criticá-la e propor melhorias.

    Vc me fez relembrar a minha infância com este poema de Manuel Bandeiras, quando eu estava na oitava série e a professora de português nos apresentou este poema... Bons tempos aqueles!!!
    Um forte abraço, Dalton.
    Valeu...

    Ass.: Victor Souza

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