quarta-feira, 13 de abril de 2016

(IN)fidelidade Cultural



Nos correntes tempos não se é preciso força para respirar a infidelidade. Músicas, filmes e novelas estão recheadas sobre a tal, tornando-a culturalmente um ato normal e lícito por sua procura iminente de prazer. Relacionamentos, em seu amplo conceito, perdem a confiabilidade e concretude que tanto trabalhamos para conquistar. O verbo 'Ser' passou a "Estar" e a fidelidade tornou-se condicional a uma vontade humana.
Ao criar um paralelo da (IN)fidelidade com o crescimento do consumismo brasileiro, podemos concluir que há inteira ligação entre estes dois aspectos. Acha que não? Então vamos lá: Em tempos antigos, quando uma pessoa adquiria algo (seja um brinquedo, livro, etc) ela cuidava com maior zelo e valorizava tal aquisição. Caso houvesse alguma ruptura ou dano, a primeira coisa a fazer era tentar consertar. Em tempos vigentes, caso nesse mesmo brinquedo haja algum dano, a primeira coisa a se pensar é na troca imediata. Hoje muitos não querem ser fiéis a objetos, quiçá a pessoas!
A tecnologia em forma de aplicativos e sites corroboram para o mecanismo do sistema infiel. Smartphones, tablets e outras plataformas são utilizadas como meios para um fim totalmente degradante à sociedade.
Se engana quem acredita que a crescente da (IN)fidelidade é culpa das citadas acima (novelas, músicas, filmes, aplicativos, sites...). Não, não é! Estamos suscetíveis a inúmeras informações durante o nosso dia a dia, mas absorvemos e utilizamos aquilo o que queremos filtrar para nossa vida. Ser fiel transcende questões religiosas e/ou politico socioculturais; tem haver com pura e simplesmente caráter (ou a falta de).  

O que você adquiriu está danificado? Então vamos brincar de consertá-lo, pois ainda há um grande jardim pra você brincar com ele e resquícios de ar puro na fidelidade.  



5 comentários:

  1. Muito bom sr. Dalton, teu texto. A pesar de os fatores citados não serem determinates para a infidelidade, como foi dito, criam uma cultura onde isso é aceitável e, portanto, tendem a relaxar os princípios morais do indivíduo, quando ele assim o permite. Portanto, evitar exposição a conteúdo nocivo é importante para manter a mente focada nos princípios que queremos seguir.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Super concordo, Dalton!
    Acredito que a nossa sociedade está passando por uma crise no tocante à moralidade. As pessoas têm confundido liberdade de expressão (especialmente no âmbito midiático) com condutas morais. As pessoas têm o direito de se expressar, mas esse direito precisa ser submetido à razão e à moralidade. A liberdade de expressão não justifica o ataque às condutas e princípios morais ou a erradicação destes.
    Infelizmente, o discurso de que "tudo é permitido" tem se alastrado e contaminado muitas pessoas. Tudo é permitido, realmente, porque somos seres livres, mas a nossa liberdade precisa ser submetida à razão e à moralidade. Somos seres dotados de inteligência. Sejamos sensatos e sábios e façamos uso desta inteligência para o bem comum, para a construção de uma sociedade mais justa.

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  4. 👍👍👍👍👍👍👍👍👍

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